Ziggy Marley lançou seu CD solo e deu seu recado!
Apesar de carregar um sobrenome de peso e um nome artístico inspirado em Ziggy Stardust, uma das encarnações de seu ídolo e xará, David Bowie. O espírito camaleônico de Bowie baixou no filho mais velho de Bob Marley, Ziggy (David) Marley, 34 anos, que lançou ’’Dragonfly’’ (BMG), seu primeiro disco solo após 20 anos à frente do grupo Melody Makers com os irmãos Stephen, Sharon e Cedella- ’’Dragonfly’’ significa libélula, também conhecida como lavadeira, um inseto comprido que pára no ar como helicóptero. "Eu estava debaixo de uma árvore no jardim quando uma libélula parou na minha frente e ficou lá por alguns momentos, como se estivesse olhando para mim, e foi embora. Daí, pensei no que ela pensaria quando olhava para mim, se indagava que tipo de criatura somos nós. Nós somos iguais a eles, vivemos no mesmo planeta, respiramos o mesmo ar. Os homens têm que entender que as criaturas são tão importantes quanto nós na Terra."
Outros estados de espírito do herdeiro Marley:
"A gente vive altos e baixos e eu estava assim. Ser bem sucedido na vida não significa necessariamente ser feliz o tempo todo. Eu não me sentia nem feliz e nem triste, ficava naquele estado intermediário."
Ele espanta as tristezas em faixas para cima como ’’Rainbow in the sky’’, que fala em olhar as coisas de maneira positiva:
"Alguém pode achar ruim que vai chover mas, você pode admirar a glória das nuvens no céu, a chuva que traz a vida."
E, mais, Ziggy não esquenta: "Um homem tem que ser um homem, não importa seu nome. Tem que ser fiel às suas idéias, à sua própria identidade, ao que ele realmente é."
Muita gente diz que por Ziggy ter origem no reggae roots, ele tem que ficar nisso. "Não quero ficar numa caixa, não quero fazer o que esperam de mim. Quero ficar livre, me expressar de todas as maneiras. Eu sou um rebelde disposto a correr riscos pela arte. Dizem que a variedade é o tempero da vida."
O disco traz nas letras reflexões bem pessoais sobre a vida e o estado atual do mundo. ’’Shalom, Salaam’’ usa as palavras que significam paz em árabe e hebraico para refletir sobre a guerra eterna entre árabes e israelenses no Oriente Médio, enquanto ’’In the name of God’’ condena os que matam em nome de Deus.
Ele diz que os dois casos se aplicam ao que acontece atualmente no Iraque, onde o neocruzado cristão George Bush está esmagando os infiéis muçulmanos iraquianos.
"Acredito que a maioria deseja a paz, mas existem elementos em todos os lados que gostam de derramar sangue, o que só provoca um maior derramamento de sangue. Nenhuma guerra acabou com outra guerra, isto só traz mais guerras.
Fiz ’’In the name of God’’ porque estou chateado com todas as religiões. Acho que deviam ser eliminadas. Eles dizem que a religião é sobre Deus, mas Deus não é sobre jogar os homens uns contra os outros. A religião se tornou uma inimiga de Deus, do amor e da verdade. Nós precisamos do amor, o maior de todos os sentimentos. Amar uns aos outros não é complicado, é uma regra simples."
A faixa de trabalho, ’’True to myself", fala da dificuldade de as pessoas serem verdadeiras com elas mesmas, o que ele diz ter experimentado várias vezes na vida.
"Existem muitas coisas que podem nos dividir, muitas pressões. O sistema econômico submete todo mundo, temos que cuidar de ganhar o dinheiro, muitas vezes a grande empresa fatura e o indivíduo não. E existem as pressões para se desejar coisas que não são necessárias, através da mídia, como roupas da última moda. Tudo isso é uma prisão e se você escapa dela se sente muito mais feliz. Temos que procurar ser verdadeiros na nossa vida diária ou deixamos de ser o que somos"diz Ziggy Marley!!
Eu assino embaixo, essa é uma linda mensagem de vida!!